Jesus caminha
sobre as águas e Pedro com ele...
Na
perspectiva da Teologia Judaica, no mar o homem estava à mercê das forças demoníacas;
e só Deus podia salvá-lo.
O
nosso saber humano não é capaz de nos livrar do medo. O medo nos acompanha em
nossa vida, ele é o vento forte que fustiga nosso barco.
O
vento, no mar, em noite escura representa o mundo em que vivemos, o nosso hoje
da opressão, do egoísmo, da perseguição religiosa, da injustiça; mas o filho de
Deus virá.
Virá
caminhando sobre as ondas da nossa vida, mesmo nos nossos caminhos mais tortos,
Jesus virá dizendo:
“Tende
confiança, sou Eu, não tenhais medo”.
Nossa
fé está solidificada em Jesus Cristo e por isso gritamos como Pedro gritou:
“Senhor,
Salva-me!”
E
nós dizemos também:
Salva-me
Senhor, das minhas dúvidas, do meu medo porque o mundo quer nos mostrar que
nossos valores estão ultrapassados, que só venceremos sendo gananciosos,
arrogantes e orgulhosos.
Salva-nos,
Senhor!
E
Jesus, quando perdemos a Esperança, vem estende-nos a sua mão e nos reergue
novamente; e nós vislumbramos um novo dia de sol, o sol da nossa fé. O vento se
acalma, dando lugar à paz e à esperança.
O
final do texto evangélico culmina na Confissão de fé dos discípulos:
“Verdadeiramente,
Tu és o Filho de Deus!”
E
nós por que duvidamos?
Em
nosso coração, então rezemos:
Cristo
Jesus, nós Te bendizemos pela Tua ressurreição!
“Verdadeiramente,
Tu és o filho de Deus!”
Salva-me
Senhor!
Ilustração: Ivan Konstantinovich Aivazovsky