quarta-feira, 9 de setembro de 2015

Vocação ao Apostolado

Apostolado, caminho de santidade


VOCAÇÃO AO APOSTOLADO?


A Igreja, fiel à palavra do Senhor Jesus, não deixa de ensinar que a vocação cristã, por sua própria natureza, é também vocação ao apostolado.

Esta afirmação nos apresenta duas considerações:
  • A primeira é a de que o apostolado não é algo acidental à vida cristã, mas faz parte de sua própria natureza.
  • A segunda: se o apostolado é uma vocação, quer dizer, um chamado, significa por um lado que Deus me pede isso e, se o faz, é porque conta comigo e, se conta comigo, é porque tenho capacidade de responder, pois Deus nunca me pediria algo que eu não pudesse fazer. 
Ser cristão: ser santo e apóstolo

Dizíamos que ser apóstolo equivale a ser cristão.  O crente que não se vê a si mesmo como apóstolo mutila sua própria identidade como discípulo de Jesus.  Fazer apostolado não pode ser algo acessório do qual eu possa prescindir sem que isso implique romper minha vida cristã, afetar sua própria essência.  São Paulo expressa essa verdade fundamental de maneira apaixonada e eloquente quando diz «ai de mim, se eu não anunciar o Evangelho!» (1Cor 9,16).

A partir desta consideração não é difícil deduzir a íntima relação entre santidade e apostolado.  Ambas, de certo modo, constituem a missão da Igreja no mundo:

« A missão da Igreja tem como fim a salvação dos homens, a alcançar pela fé em Cristo e pela sua graça. Por este motivo, o apostolado da Igreja e de todos os seus membros ordena-se, antes de mais, a manifestar ao mundo, por palavras e obras, a mensagem de Cristo, e a comunicar a sua graça ».(Apostolicam actuositatem, 6)

Todo cristão está chamado a fazer apostoladoao fazê-lo, contribui com Deus na santificação de si mesmo e na santificação de outros.  O apostolado é meio e ao mesmo tempo fim de minha santificação.  Com efeito, é meio enquanto o próprio fato de fazer apostolado me santifica.  É fim enquanto faz parte da própria natureza da vida cristã e esta é plena união com Deus mediante a vida em Cristo.

Sou apóstolo por vocação.

É evidente que nem todos estamos chamados a fazer apostolado da mesma maneira.  O apostolado que pode realizar a religiosa contemplativa, o pároco rural, o estudante universitário ou a dona-de-casa que além disso trabalha meio expediente não é o mesmo.  Entretanto, as características pessoais e as circunstâncias da própria vida não anulam o chamado, mas precisamente o qualificam: se o apostolado é uma vocação, Deus me pede que a realize precisamente a partir de minha identidade, partindo de quem eu sou, assim como das circunstâncias concretas de minha própria vida.

Isto nos leva a nos questionarmos a respeito da própria natureza do apostolado, sua raiz profunda, interior; em uma palavra, qual é a “alma” do apostolado.

A essência do apostolado não pode ser senão a mesma essência da vida cristã, isto é o Amor de Deus manifestado em Jesus Cristo.  O cristão está chamado a viver o Amor, e o Amor não é uma teoria nem um programa, é Deus mesmo —Deus é Amor— que se faz homem e nos mostra nossa própria vocação.  Cristo como o princípio de minha vida interior, eis aí, o Caminho, a Verdade e a Vida.

«Tende em vós os mesmos sentimentos de Cristo» (Fl 2,5) nos exorta São Paulo.  Os sentimentos de Cristo são a entrega no Amor ao Pai e aos homens.  Paulo VI define o apostolado como «amor que transborda, que explode, que se propaga em testemunho e ação».  Nasce do encontro pessoal com o Senhor Jesus e se alimenta de sua presença vivificadora que é a Graça.  O apostolado é superabundância de Amor.  Não de nosso amor humano, forçosamente imperfeito, mas sim do amor de Jesus em nós.

Chegando a este ponto é oportuno perguntar-me que grau de persuasão pessoal tem para mim esta doutrina e suas necessárias concreções para minha vida cotidiana? Como respondo efetivamente a minha vocação ao apostolado?

Santificando-me no apostolado


Tratado da Verdadeira devoção a Nossa Senhora - comentários

Plinio Corrêa de Oliveira

Comentários ao
I - Introdução
Descoberto em meados do século XIX, o "Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem", de São Luís Maria Grignion de Montfort, exerceu e exerce ainda poderosa influência nos meios católicos. Julgamos, por isso, que interessará aos que se empenham na defesa das tradições da civilização ocidental, o conhecimento desta obra. Esta a razão porque difundimos os comentários que a respeito dela fez o Prof. Plinio.

Uma vez que são inapreciáveis esses comentários referentes ao livro marial por excelência, formulamos nossos votos de que os leitores possam tirar alto benefício desse substancioso material para estudo e reflexão. 

Setembro o "Mês da Bíblia"

Testamento de amor
Setembro mês da Bíblia



”Javé, tua palavra é para sempre, é mais estável do que o céu. Tua fidelidade continua, de geração em geração, como a terra que fixaste, e ela permanece.”
 (Sl 119, 89-90)

Dentro do calendário litúrgico pastoral somos convidados neste mês de setembro a nos aprofundar nos tesouros dos textos sagrados e a ficar ainda mais atentos à escuta da Palavra de Deus aos tesouros que os textos sagrados têm a nos oferecer. É tempo de refletir sobre a Bíblia como fruto da inspiração divina e a sua importância para nossa vida.

“E a Palavra se fez carne e habitou entre nós..” (Jo 1, 14)

Nos relatos dos Evangelistas e das Cartas podemos beber dos ensinamentos daqueles que conviveram e aprenderam com o próprio Jesus, Palavra Viva de Deus ao seu povo amado. Jesus é a comunicação plena de Deus com a humanidade. Verbo Encarnado que se dá a conhecer pela Palavra, pelos gestos e por sua entrega total de amor e compaixão.

Muitas vezes e de muitos modos falou Deus antigamente aos nossos pais, pelos profetas. Nestes dias, que são os últimos, falou-nos por seu Filho,