TEMA MENSAL DE AGOSTO
AMOR COM AMOR SE PAGA
Deus é meu Pai e me ama com amor eterno,
minha resposta deve ser corresponder ao amor de Deus.
“Amados, amemo-nos uns aos outros, pois o amor vem de Deus, e todo aquele que ama nasceu de Deus e conhece a Deus. Aquele que não ama não conheceu a Deus, porque Deus é Amor. Nisto se manifestou o amor de Deus por nós: Deus enviou o seu Filho único ao mundo para que vivamos por ele. Nisto consiste o amor: não fomos nós que amamos a Deus, mas foi ele quem nos amou e enviou-nos seu Filho como vítima de expiação pelos nossos pecados. Amados, se Deus assim nos amou, devemos, nós também, amar-nos uns aos outros”. (1 Jo 4, 7-19).
Deus é amor, e por isso não só nos criou, mas diante de nosso pecado, decidiu nos redimir, fazer-se homem, compartilhar nossa vida, nossos sofrimentos, nossas preocupações… Com a
desobediência e o pecado o homem matou aquele primeiro amor e perdeu o céu, perdeu Deus, e como consequência experimentou a dor, a angústia, o ódio, a divisão. Porém Jesus nos acompanhou no decorrer de nossas vidas, com sua cruz... e se compadeceu de nosso sofrimento, de nossa desventura e nos lavou com seu sangue e com sua graça.
Só poderemos compreender o amor de Deus quando experimentarmos sua misericórdia, quando tomarmos sua mão que se estende para nós para nos levantar do lodo onde caímos. E então, nesse dia, queremos com todas as forças de nosso ser, ser santos. Nesse dia conheceremos o amor e saberemos que tudo é possível para aquele que ama.
Deus é amor, e por isso quis não apenas ser nosso Criador, mas um Pai. O melhor dos pais. Tenho um Pai nos céus que me ama com um amor eterno. “Pode uma mãe esquecer-se de seu Filho, do fruto de suas entranhas?” -Pergunta Deus- “Pois, se ela se esqueceu, eu nunca te esquecerei.” A consequência do amor do Pai é a correspondência. O amor chama o amor.
Certa ocasião, um doutor da lei, portanto, uma pessoa culta, perguntou a Jesus: “Qual é o primeiro mandamento da lei?” Jesus respondeu: “O primeiro mandamento é: Amarás ao Senhor, teu Deus, com todo teu coração, com toda tua alma, com toda tua mente e com todas as tuas forças”. E ademais se adiantou a dizer: “O segundo mandamento é semelhante ao primeiro: “Amarás a teu próximo como a ti mesmo.”
Com que ternura dizia São João: “Vede que manifestação de amor nos deu o Pai: sermos chamados filhos de Deus” Quão felizes seríamos, se cada dia, cada hora e durante toda a existência, sentíssemos Deus como um verdadeiro Pai!
São Paulo experimentou profundamente o amor: “Cristo me amou e se entregou à morte por mim”. E desde então sua vida mudou radicalmente.
É necessário de alguma maneira experimentar este amor; não é coisa para alguns poucos. Todos estamos chamados a sentir o amor de Deus. É uma graça que devemos pedir; é uma graça que devemos ter, se é que realmente queremos mudar, ser santos, e queremos abandonar para sempre a mediocridade.
Porém, para isso devemos planejar seriamente o que estamos dispostos a fazer por Deus. Não se ama com as palavras, mas com os atos, e se temos que mudar algo, na decisão, no dia a dia, demonstremos a força do amor, seja em relação à própria família, ao caráter, aos hábitos adquiridos, à superficialidade, à preguiça…
Santo Agostinho dizia: “Fizeste-nos, Senhor, para ti, e nosso coração estará insatisfeito até que descanse em ti”. Isto é, somos de Deus e portanto nossa felicidade está em amá-lo e servi-lo e possui-lo; somos de Deus pelo batismo: somos seus Filhos amados.
Somos para Deus. Não encontraremos a felicidade fora dele, fora do amor. Quando o jovem rico se foi, causou enorme tristeza ao Pai e com razão. Mas o Filho não pode encontrar a felicidade longe de seu Pai. Longe de Deus estamos perdidos, definitivamente perdidos, sem luz, sem paz, sem ilusões, sem nada. Sem Deus experimentamos a vida vazia e sem sentido, a falta de alegria e realização. Nada nos preenche: nem o sexo, nem as drogas, nem o dinheiro, a fama, as viagens, nada! Por isso, devemos concluir que amar a Deus e cumprir sua vontade é a única coisa importante nesta vida.
Uma grande insatisfação pode se converter em uma entrega definitiva. O que ainda nos impede, o que ainda nos ata? Peçamos a Deus que nos dê a graça de que essa atadura se rompa para sempre.
O amor pode tudo, transforma tudo! O que torna a vida aborrecida, monótona e cansativa é a falta de fogo, de amor. O amor é exigente, pede para renunciarmos a nosso egoísmo, mas vale a pena. Não há comparação entre o pouco que damos a Deus e a abundância com que nos abençoa.
Quem é Deus para mim? Deus é um Pai e um amigo para mim? Conheço o amor de Deus? Para mim o cristianismo é seguir Cristo de maneira apaixonada? Ou pelo contrário, ser cristão é algo aborrecido e tedioso? Depois de conhecer um pouco mais o amor de Deus, qual será minha resposta?
Propósito do mês: tentar realizar cada dia um ato de amor, de entrega, de caridade com algum membro de minha família, um amigo, um companheiro de trabalho, um vizinho e fazê-lo com pureza de intenção, agradecendo a Deus tudo o que Ele faz por mim.
Intenção do mês: pelas pessoas que não conhecem o amor de Deus, para que Ele se manifeste para elas e seja a fonte de sua felicidade.
BibliografIa:
Catecismo da Igreja Católica. Prólogo e números: 1701-1719.
Apostolado Virgem Peregrina da Família
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