sexta-feira, 31 de dezembro de 2021

“A Virgem Maria de São João Paulo II”

Iniciamos o ano de 2022 saudando com filial devoção, a Santa Maria, Mãe de Deus.


Em livro, São João Paulo II explicou porque Maria é Mãe de Deus

 

Theotokos

A contemplação do mistério do nascimento do Salvador tem levado o povo cristão não só a dirigir-se a Virgem Santa como a Mãe de Jesus, como também a reconhecê-la como Mãe de Deus. Essa verdade foi aprofundada e compreendida como pertencente ao patrimônio da fé da Igreja, já desde os primeiros séculos da era cristã, até ser solenemente proclamada pelo Concílio de Éfeso no ano 431.
Na primeira comunidade cristã, enquanto cresce entre os discípulos a consciência de que Jesus é o Filho de Deus, resulta bem mais claro que Maria é a Theotokos, a Mãe de Deus. Trata-se de um título que não aparece explicitamente nos textos evangélicos, embora eles recordem a Mãe de Jesus e afirmem que Ele é Deus (Jo. 20,28; cf. 05,18; 10,30.33). Em todo o caso, Maria é apresentada como Mãe do Emanuel, que significa Deus conosco (cf. mt. 01,22-23).

Theotokos não tem nada a ver com mitologia

Já no século III, como se deduz de um antigo testemunho escrito, os cristãos do Egito dirigiam-se a Maria com esta oração: Sob a vossa proteção procuramos refúgio, Santa Mãe de Deus! Não desprezeis as súplicas de nós, que estamos na prova, e livrai-nos de todo perigo, ó Virgem gloriosa e bendita (Da Liturgia das Horas). Neste antigo testemunho, a expressão Theotokos, Mãe de Deus, aparece pela primeira vez de forma explícita.
Na mitologia pagã, acontecia com frequência que alguma deusa fosse apresentada como Mãe de um deus. Zeus, por exemplo, deus supremo, tinha por Mãe a deusa Reia. Esse contexto facilitou talvez, entre os cristãos, o uso do título Theotokos, Mãe de Deus, para a Mãe de Jesus. Contudo, é preciso notar que esse título não existia, mas foi criado pelos cristãos, para exprimir uma fé que não tinha nada a ver com a mitologia pagã, a fé na concepção virginal, no seio de Maria, d’Aquele que, desde sempre, era o Verbo Eterno de Deus.

O Concílio de Éfeso proclamou Maria Mãe de Deus

No século IV, o termo Theotokos é já de uso frequente no Oriente e no Ocidente. A piedade e a teologia fazem referência, de modo cada vez mais frequente, a esse termo, já encontrado no patrimônio de fé da Igreja.

Compreende-se, por isso, o grande movimento de protesto, que se manifestou no século V, quando Nestório pôs em dúvida a legitimidade do título Mãe de Deus. Ele, de fato, propenso a considerar Maria somente como Mãe do homem Jesus, afirmava que só era doutrinalmente correta a expressão Mãe de Cristo. Nestório era induzido a esse erro pela sua dificuldade de admitir a unidade da pessoa de Cristo, e pela interpretação errônea da distinção entre as duas naturezas divina e humana presentes n’Ele.

O Concílio de Éfeso, no ano 431, condenou as suas teses e, afirmando a subsistência da natureza divina e da natureza humana na única pessoa do Filho, proclamou Maria Mãe de Deus.

As dificuldades e as objeções apresentadas por Nestório oferecem-nos agora a ocasião para algumas reflexões úteis, a fim de compreendermos e interpretarmos de modo correto esse título.

O que quer dizer  Theotokos

A expressão Theotokos, que literalmente significa  aquela que gerou Deus, à primeira vista pode resultar surpreendente; suscita, com efeito, a questão sobre como é possível que uma criatura humana gere Deus. A resposta da fé da Igreja é clara: a maternidade divina de Maria refere-se só a geração humana do Filho de Deus e não, ao contrário, à sua geração divina. O Filho de Deus foi desde sempre gerado por Deus Pai e é Lhe consubstancial. Nessa geração eterna, Maria não desempenha, evidentemente, nenhum papel. O Filho de Deus, porém, há dois mil anos, assumiu a nossa natureza humana e foi então concebido e dado à luz por Maria.

Proclamando Maria Mãe de Deus, a Igreja quer, portanto, afirmar que Ela é a Mãe do Verbo encarnado, que é Deus. Por isso, a sua maternidade não se refere a toda a Trindade, mas unicamente a segunda Pessoa, ao Filho que, ao encarnar-se, assumiu dela a natureza humana.

A maternidade é relação entre pessoa e pessoa: uma mãe não é Mãe apenas do corpo ou da criatura física saída do seu seio, mas da pessoa que ela gera. Maria, portanto, tendo gerado segundo a natureza humana a pessoa de Jesus, que é a pessoa divina, é Mãe de Deus.
Ao proclamar Maria, Mãe de Deus, a Igreja professa com uma única expressão a sua fé acerca do Filho e da Mãe. Essa união emerge já no Concílio de Éfeso. Com a definição da maternidade divina de Maria, os padres queriam evidenciar a sua fé à divindade de Cristo. Não obstante as objeções, antigas e recentes, acerca da oportunidade de atribuir esse título a Maria, os cristãos de todos os tempos, interpretando corretamente o significado dessa maternidade, tornaram-no uma expressão privilegiada da sua fé na divindade de Cristo e do seu amor para com a Virgem.

Theotokos  garantia da realidade da Encarnação

Na Theotokos, a Igreja, por um lado, reconhece a garantia da realidade da Encarnação, porque  como afirma Santo Agostinho,” se a Mãe fosse fictícia, seria fictícia também a carne… fictícia seriam as cicatrizes da ressurreição” (Tract. In Ev. loannis, 8,6-7). Por outro lado, ela contempla com admiração e celebra com veneração a imensa grandeza conferida a Maria por Aquele que quis ser seu Filho. A expressão Mãe de Deus remete ao Verbo de Deus que, na Encarnação, assumiu a humildade da condição humana, para elevar o homem à filiação divina. Mas esse título, à luz da dignidade sublime conferida à Virgem de Nazaré, proclama também a nobreza da mulher e sua altíssima vocação. Com efeito, Deus trata Maria como pessoa livre e responsável, e não realiza a Encarnação de seu Filho senão depois de ter obtido o seu consentimento.

Seguindo o exemplo dos antigos cristãos do Egito, os fiéis entregam-se àquela que, sendo Mãe de Deus, pôde obter do divino Filho as graças da libertação dos perigos e da salvação eterna.

Extraído do livro: “A Virgem Maria de São João Paulo II”
Fonte: Canção Nova 


sábado, 2 de outubro de 2021

Santos Anjos da Guarda



 Dos Sermões de São Bernardo, abade

(Sermo 12 in psalmum Qui habitat, 3.6-8: Opera omnia, Edit.Cisterc. 4[1966]458-462)    (Séc.XII)

Eles te guardem em todos os teus caminhos

A teu respeito ordenou a seus anjos que te guardem em todos os teus caminhos (Sl 90,11). Louvem o Senhor por sua misericórdia e suas maravilhas para com os filhos dos homens. Louvem e proclamem às nações que o Senhor agiu de modo magnífico a favor deles. Senhor, que é o homem para que assim o conheças? Ou por que inclinas para ele teu coração? Aproximas dele teu coração, enches-te de solicitude por sua causa, cuidas dele. Enfim, a ele envias o teu Unigênito, infundes o teu Espírito, prometes até a visão de tua face. E para que nas alturas nada falte no serviço a nosso favor, envias os teus santos espíritos a servir-nos, confias-lhes nossa guarda, ordenas que se tornem nossos pedagogos. 

A teu respeito, ordenou a seus anjos que te guardem em todos os teus caminhos. Esta palavra quanta reverência deve despertar em ti, aumentar a gratidão, dar confiança. Reverência pela presença, gratidão pela benevolência, confiança pela proteção. Estão aqui, portanto, e estão junto de ti, não apenas contigo, mas em teu favor. Estão aqui para proteger, para te serem úteis. Na verdade, embora enviados por Deus, não nos é lícito ser ingratos para com eles, que com tanto amor lhe obedecem e em tamanhas necessidades nos auxiliam. 

Sejamos-lhes fiéis, sejamos gratos a tão grandes protetores; paguemos-lhes com amor; honremo-los tanto quanto pudermos, quanto devemos. Prestemos, no entanto, todo o nosso amor e nossa honra àquele que é tudo para nós e para eles; de quem recebemos poder amar e honrar, de quem merecemos ser amados e honrados. 

Assim, irmãos, nele amemos com ternura seus anjos como futuros co-herdeiros nossos, e enquanto esperamos nossos intendentes e tutores dados pelo Pai como nossos guias. Porque agora somos filhos de Deus, embora não se veja, pois ainda estamos sob tutela quais meninos que em nada diferem dos servos. 

Aliás, mesmo assim tão pequeninos e restando-nos ainda uma tão longa, e não só tão longa, mas ainda tão perigosa caminhada, que temos a temer com tão poderosos protetores? Eles não podem ser vencidos, nem seduzidos, e ainda menos seduzir, aqueles que nos guardam em todos os nossos caminhos. São fiéis, são prudentes, são fortes; por que trememos de medo? Basta que os sigamos, unamo-nos a eles e habitaremos sob a proteção do Deus do céu.

Fonte: Liturgia das Horas 





quinta-feira, 30 de setembro de 2021

Jornada Mundial do Terço - 25 Anos


Jornada Mundial do Terço



 Jornada Mundial do Terço - 25 anos

 

"Que em cada um de vós haja a alma de Maria para bendizer o Senhor;

e em cada um de vós esteja o seu espírito, para exultar em Deus!"

(Santo Ambrósio) 



Em comemoração aos 25 anos da Jornada Mundial do Terço, estaremos de forma especial, rezando com os Apostolados Marianos do Regnum Christi, o Santo Terço online pelo Instagram.

Contamos com a presença da Rainha dos ApóstolosMãe AmávelTerço Comunitário Online e do Apostolado Virgem Peregrina da Família, representado pelas regionais de São PauloRio Grande do Sul Pernambuco.  


A Jornada do Terço acontece sempre no 1º sábado do mês de outubro. No sábado, por ser dedicado ao Imaculado Coração de Maria, e outubro, por ser o mês do Rosário, onde o maior objetivo é propagar esta importante devoção mariana e conduzir as almas a uma maior e melhor compreensão do tesouro incomparável contido na Oração do Santo Terço, aumentando a confiança e devoção a nossa Rainha Santíssima, a Virgem Maria.

Reze conosco

Sábado, 2 de outubro

Às 10h pelo Instagram  @VIRGEMPEREGRINASP 


Convidamos nossos zeladores da Capela Peregrina, suas famílias e famílias afiliadas, amigos e devotos de Nossa Senhora, para sermos uma só voz diante de Deus, pelo Imaculado Coração de Maria.  

A Jornada Mundial do Terço tem como “intenções”


ü  Orar pelas intenções do Papa Francisco;

ü  Orar pela Igreja;

ü  Orar pelas vocações, em especial pelas Vocações Sacerdotais;

ü  Orar pelas famílias;

ü  Orar pela paz mundial;

ü  Orar pela conversão dos pecadores;

ü  Pelo fim da pandemia e por todos que sofrem pelas suas consequências;

ü  Pelas almas do purgatório;

ü  Pelas intenções particulares de cada fiel.


www.virgemperegrina.com.br

sábado, 28 de agosto de 2021

O Santo Rosário - São Luís Maria G. de Montfort

 Método de São Luís Maria G. de Montfort para rezar com fruto o Santo Rosário



A recitação do Santo Rosário sempre foi incentivada pela Igreja, desde que foi dado a São Domingos Gusmão por Nossa Senhora como arma poderosíssima para vencer os erros de seu tempo. Assim ocorreu na história nas vitórias sobre a heresia albigense e sobre os maometanos do Império Otomano.

 

Aqueles que rezam o Santo Rosário frequentemente recebem não só inúmeras graças dos céus, mas também indulgências concedidas pela Santa Igreja. A seguir apresentamos o método de São Luís Maria Grignion de Montfort para se rezar o Santo Rosário com fruto, tendo em mente os próprios conselhos do santo sobre esta devoção: o Rosário é uma oração vocal e mental, ou seja, as orações devem ser faladas piedosamente e os mistérios da vida de Nosso Senhor devem ser meditados;  deve-se rezar não deixando de fazer pedidos a Nosso Senhor e sem pressa para terminar imediatamente.


São Luís Maria Grignion de Montfort

Ressaltamos ainda quão proveitoso é rezar o Santo Rosário por este método diante do Santíssimo Sacramento, sendo assim possível obter indulgência plenária nas condições usuais, ou seja, havendo confissão e comunhão.

 

Oração Inicial

Uno-me a todos os santos que estão no Céu, a todos os justos que estão sobre a Terra, a todas as almas fiéis que estão neste lugar. Uno-me a Vós, meu Jesus, para louvar dignamente vossa Santa Mãe, e louvar-Vos a Vós, nEla e por Ela. Renuncio a todas as distrações que me sobrevierem durante este Rosário, que quero recitar com modéstia, atenção e devoção, como se fosse o último de minha vida. Assim seja.


Nós Vos oferecemos, Trindade Santíssima, este Credo, para honrar os mistérios todos de nossa Fé; este Padre Nosso e estas três Ave-Marias, para honrar a unidade de vossa essência e a trindade de vossas pessoas. Pedimo-Vos uma fé viva, uma esperança firme e uma caridade ardente.

 

Credo, Pai-Nosso;

Ave Maria, Filha bem-amada do Padre Eterno. Ave Maria…
Ave Maria, Mãe admirável de Deus Filho. Ave Maria…
Ave Maria Esposa fidelíssima de Deus Espírito Santo. Ave Maria…

Glória ao Pai…

 

Mistérios Gozosos
I

Nós Vos oferecemos, Senhor Jesus, esta primeira dezena, em honra de vossa Encarnação no seio de Maria; e Vos pedimos, por este mistério e pela intercessão de vossa Mãe Santíssima, uma profunda humildade. Assim seja.
Pai Nosso, dez Ave-Marias, Glória.
Graças ao mistério da Encarnação, descei em nossas almas. Assim seja.

II

Nós Vos oferecemos, Senhor Jesus, esta segunda dezena, em honra da Visitação de Vossa Santa Mãe à sua prima Santa Isabel e da santificação de São João Batista; e Vos pedimos, por este mistério e pela intercessão de Vossa Mãe Santíssima, a caridade para com nosso próximo. Assim seja.
Pai Nosso, dez Ave-Marias, Glória.
Graças ao mistério da Visitação, descei em nossas almas. Assim seja.

III

Nós Vos oferecemos, Senhor Jesus, esta terceira dezena, em honra de Vosso Nascimento no estábulo de Belém; e Vos pedimos, por este mistério e pela intercessão de Vossa Mãe Santíssima, o desapego dos bens terrenos, o desprezo das riquezas e o amor à pobreza. Assim seja.
Pai Nosso, dez Ave-Marias, Glória.
Graças ao mistério do Nascimento de Jesus, descei em nossas almas. Assim seja.

IV

Nós Vos oferecemos, Senhor Jesus, esta quarta dezena, em honra de Vossa Apresentação no Templo e da Purificação de Maria; e Vos pedimos, por este mistério e pela intercessão de Vossa Mãe Santíssima, uma grande pureza de corpo e de alma. Assim seja.
Pai Nosso, dez Ave-Marias, Glória.
Graças ao mistério da Purificação, descei em nossas almas. Assim seja.

V

Nós Vos oferecemos, Senhor Jesus, esta quinta dezena, em honra de vosso reencontro por Maria; e Vos pedimos, por este mistério e pela intercessão de Vossa Mãe Santíssima, a verdadeira sabedoria. Assim seja.
Pai Nosso, dez Ave-Marias, Glória.
Graças ao mistério do Reencontro de Jesus, descei em nossas almas. Assim seja.

 

Mistérios Dolorosos
VI

Nós Vos oferecemos, Senhor Jesus, esta sexta dezena, em honra de vossa Agonia mortal no Jardim das Oliveiras; e Vos pedimos, por este mistério e pela intercessão de vossa Mãe Santíssima, a contrição de nossos pecados. Assim seja.
Pai Nosso, dez Ave-Marias, Glória.
Graças ao mistério da Agonia de Jesus, descei em nossas almas. Assim seja.

VII

Nós Vos oferecemos, Senhor Jesus, esta sétima dezena, em honra de vossa sangrenta Flagelação; e Vos pedimos, por este mistério e pela intercessão de Vossa Mãe Santíssima, a mortificação de nossos sentidos. Assim seja.
Pai Nosso, dez Ave-Marias, Glória.
Graças ao mistério da Flagelação de Jesus, descei em nossas almas. Assim seja.

VIII

Nós Vos oferecemos, Senhor Jesus, esta oitava dezena, em honra de vossa Coroação de Espinhos; e Vos pedimos, por este mistério e pela intercessão de Vossa Mãe Santíssima, o desprezo do mundo. Assim seja.
Pai Nosso, dez Ave-Marias, Glória.
Graças ao mistério da Coroação de Espinhos, descei em nossas almas. Assim seja.

IX

Nós Vos oferecemos, Senhor Jesus, esta nona dezena, em honra do Carregamento da Cruz; e Vos pedimos, por este mistério e pela intercessão de Vossa Mãe Santíssima, a paciência em todas as nossas cruzes. Assim seja.
Pai Nosso, dez Ave-Marias, Glória.
Graças ao mistério do Carregamento da Cruz, descei em nossas almas. Assim seja.

X

Nós Vos oferecemos, Senhor Jesus, esta décima dezena, em honra de vossa Crucifixão e Morte ignominiosa sobre o Calvário; e Vos pedimos, por este mistério e pela intercessão de Vossa Mãe Santíssima, a conversão dos pecadores e o alívio das almas do purgatório. Assim seja.
Pai Nosso, dez Ave-Marias, Glória.
Graças ao mistério da Crucifixão de Jesus, descei em nossas almas. Assim seja.

 

Mistérios Gloriosos
XI

Nós Vos oferecemos, Senhor Jesus, esta undécima dezena, em honra de vossa Ressurreição gloriosa; e Vos pedimos, por este mistério e pela intercessão de vossa Mãe Santíssima, o amor de Deus e o fervor no vosso serviço. Assim seja.
Pai Nosso, dez Ave-Marias, Glória.
Graças ao mistério da Ressurreição, descei em nossas almas. Assim seja.

XII

Nós Vos oferecemos, Senhor Jesus, esta duodécima dezena, em honra de vossa triunfante Ascensão; e Vos pedimos, por este mistério e pela intercessão de Vossa Mãe Santíssima, um ardente desejo do Céu, nossa cara pátria. Assim seja.
Pai Nosso, dez Ave-Marias, Glória.
Graças ao mistério da Ascensão, descei em nossas almas. Assim seja.

XIII

Nós Vos oferecemos, Senhor Jesus, esta décima terceira dezena, em honra do mistério de Pentecostes; e Vos pedimos, por este mistério e pela intercessão de Vossa Mãe Santíssima, a descida do Espírito Santo em nossas almas. Assim seja.
Pai Nosso, dez Ave-Marias, Glória.
Graças ao mistério de Pentecostes, descei em nossas almas. Assim seja.

XIV

Nós Vos oferecemos, Senhor Jesus, esta décima quarta dezena, em honra da ressurreição e triunfal Assunção de vossa Mãe ao Céu; e Vos pedimos, por este mistério e pela intercessão de Vossa Mãe Santíssima, uma terna devoção a tão boa Mãe. Assim seja.
Pai Nosso, dez Ave-Marias, Glória.
Graças ao mistério da Assunção, descei em nossas almas. Assim seja.

XV

Nós Vos oferecemos, Senhor Jesus, esta décima quinta dezena, em honra da Coroação gloriosa de vossa Mãe Santíssima no Céu; e Vos pedimos, por este mistério e pela intercessão de Vossa Mãe Santíssima, a perseverança na graça e a coroa da glória. Assim seja.
Pai Nosso, dez Ave-Marias, Glória.
Graças ao mistério da Coroação gloriosa de Maria, descei em nossas almas. Assim seja.

 

Oração Final

Eu Vos saúdo, Maria, Filha bem-amada do eterno Padre, Mãe admirável do Filho, Esposa mui fiel do Espírito Santo, templo augusto da Santíssima Trindade; eu Vos saúdo, soberana Princesa, a quem tudo está submisso no Céu e na Terra; eu Vos saúdo, seguro refúgio dos pecadores, que jamais repelistes pessoa alguma. Pecador que sou, me prostro a vossos pés, e Vos peço de me obter de Jesus, vosso amado Filho, a contrição e o perdão de todos os meus pecados, e a divina sabedoria. Eu me consagro todo a Vós, com tudo que possuo. Eu Vos tomo, hoje, por minha Mãe e Senhora. Tratai-me, pois, como o último de vossos filhos e o mais obediente de vossos escravos. Atendei, minha Princesa, atendei aos suspiros dum coração que deseja amar-Vos e servir-Vos fielmente. Que ninguém diga que, entre todos que a Vós recorreram, seja eu o primeiro desamparado. Ó minha esperança, ó minha vida, ó minha fiel e Imaculada Virgem Maria, defendei-me, nutri-me, escutai-me, instruí-me, salvai-me. Assim seja.


Fonte: Salve Maria

2 de outubro de 2017 


sexta-feira, 21 de maio de 2021

Campanha “O que faz uma mãe feliz?” em prol do Noviciado dos Legionários de Cristo

Uma ação inédita em prol das vocações: campanha do Regnum Christi, promovida pelo apostolado Virgem Peregrina da Família e o Instituto Católico de Liderança, vai apoiar o Noviciado dos Legionários de Cristo, em Arujá/SP

Pela primeira vez, o apostolado do Regnum Christi da Virgem Peregrina da Família une esforços em todo o país, em parceria com o Instituto Católico de Liderança, em prol do Seminário dos Legionários de Cristo, em Arujá/SP. Até o dia 31 de maio, acontece uma ação inédita promovendo a campanha “O que faz uma mãe feliz?”, em busca de doações que auxiliem o seminário em sua manutenção e na promoção das vocações sacerdotais. Os donativos podem ser realizados aqui. 

A campanha acontece em três etapas, apresentando as faces da maternidade, tendo seu ponto alto na mãe de todas as mães: Maria. Passando pela maternidade no cotidiano, a maternidade espiritual e, por fim, a plenitude da maternidade, em Maria, o objetivo é convidar a todos a responderem: “O que faz a Mãe feliz?” Ou seja, o acompanhamento e a realização dos seus filhos prediletos através de uma entrega total a Cristo.

A maternidade é regada por mistérios, é um dom, uma particularidade da maior reserva de amor que Deus colocou no mundo: as mães. Dedicar-se à felicidade dos filhos, perpassa por conhecer um mundo novo, realizar descobertas, experienciar o amor, oferecer-se sem reservas. E uma mãe que se doa por inteiro, biologicamente ou espiritualmente, concretiza essa missão e se abre aos planos do Senhor.

É uma entrega diária de zelo e cuidado. Em cada família que se abre a formar e acompanhar na vivência da fé. E é assim que o chamado vocacional é semeado, germina e cresce. O amor ao sacerdócio é regado pela vida de oração e a pureza dos filhos amados com predileção é cultivada desde o coração afetuoso de Maria.

Manutenção do seminário ficou comprometida com a pandemia

Desde o início da pandemia da Covid-19, as doações e recursos da Legião de Cristo no Brasil foram afetados e reduzidos. O impacto foi sentido, especialmente, no Noviciado de Arujá/SP, que teve sua principal fonte de manutenção – o aluguel do espaço para eventos e atividades – tendo que paralisada em função da quarentena. Sem atividades, a casa de retiros do seminário deixou de gerar receita, gerando um déficit cada vez maior aos Irmãos Legionários.

Segundo o Irmão Ícaro de Faria, LC, administrador do noviciado, medidas drásticas para conter o déficit já foram tomadas e os gastos básicos com a manutenção da casa, tais como alimentação, gás e energia, aumentaram. “Hoje, estamos vivendo de recursos que estavam destinados a outros projetos referentes à melhoria da nossa formação. No entanto, se permanecermos por mais alguns meses nessa situação, o impacto será direto nos serviços de promoção às vocações e, principalmente, no tempo e qualidade dos estudos dos noviços. E isso pode afetar o caminho de preparação para o sacerdócio dos irmãos do nosso seminário”, afirma.

Para reverter essa situação, os membros do Regnum Christi, leigos e encarregados do apostolado Virgem Peregrina da Família, criaram a campanha “O que faz uma mãe feliz?”.

Não deixe de participar e compartilhar essa iniciativa, uma oportunidade concreta de promover e acompanhar as vocações sacerdotais. Mais informações em: https://lecristo.colabore.org/uma-mae-feliz/people/new

Para conhecer os Legionários de Cristo, acesse: www.legionariosdecristo.com.br 

Participe conosco desta linda campanha pelo 

Instagram: https://www.instagram.com/virgemperegrinasp/


www.virgemperegrina.com.br


quinta-feira, 20 de maio de 2021

IGREJA CELEBRA O SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS E O IMACULADO CORAÇÃO DE MARIA

O mês de junho é dedicado ao Sagrado Coração de Jesus. Essa é uma data móvel, celebrada na segunda sexta-feira após a solenidade do Santíssimo Corpo e Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo, Corpus Christi.

A Igreja, liturgicamente, celebra a memória do Imaculado Coração de Maria no sábado seguinte ao segundo domingo de Pentecostes.


Conheça a íntima ligação que existe entre as devoções ao Sagrado Coração de Jesus e ao Imaculado Coração de Maria.

Fonte: Canção Nova 

A devoção ao Sacratíssimo Coração de Jesus e ao Puríssimo Coração de Maria são muito próximas na piedade dos fiéis e isto se reflete na Liturgia da Igreja, que fixa a memória do Imaculado Coração de Maria no sábado logo depois da Solenidade do Sagrado Coração de Jesus, que se dá na última sexta-feira do mês Junho. este anos temos uma exceção, pois a última sexta-feira cai no fim do mês e, por isso, é transferida para a sexta anterior, para que no sábado seja celebrada a memória do Imaculado Coração de Maria.

Os devotos do Sagrado Coração de Jesus são sempre muito devotos do Imaculado Coração da Santíssima Virgem. Por sua vez, os devotos do Imaculado Coração de Maria são também muito devotos do Sagrado Coração de Jesus. Esta íntima ligação entre estas devoções existe porque toda verdadeira devoção ao Coração de Maria conduz ao Coração de Jesus, que no momento derradeiro da sua vida terrena nos confiou à sua Mãe1. Dessa forma, Maria nos conduz a Cristo, e Cristo nos conduz a Maria.

A unidade da devoção ao Coração de Jesus e de Maria

Santa Margarida Maria Alacoque compreendeu tão bem a correspondência entre as devoções aos Corações de Jesus e de Maria que considerava as duas uma só. Por isso, ela tinha o hábito de rezar esta jaculatória: “Divino Coração de Jesus eu Vos adoro e Vos amo do modo como viveis no Coração de Maria e Vos peço que vivais e reineis em todos os corações”2. O confessor de Santa Margarida, São Cláudio de la Colombière, indica o mesmo caminho indicado a nós por Jesus: “Resolvi não pedir nada a Deus em oração que não fosse por meio de Maria”3. Outros grandes santos, devotos do Sagrado Coração de Jesus, como Santa Brígida, São Francisco de Sales e São João Eudes, referiam-se ao Coração de Jesus e de Maria, no singular, para evidenciar a perfeita união de sentimentos e disposições entre o Coração da Mãe e do Filho. Este vínculo também se faz presente no lema “Per Mariam ad Cor Iesu” (Por Maria ao Coração de Jesus), dos Missionários do Sagrado Coração e as Filhas de Nossa Senhora do Sagrado Coração.

São João Eudes, convicto de que esta devoção tinha sua origem num desígnio providencial, demonstrou, por argumentos teológicos, que o Coração de Jesus e o de Maria não têm diferenças entre si, mas constituem, pela união existente entre o Filho de Deus e sua Mãe Santíssima, um só e mesmo Coração. Sendo assim, não podemos separar estes Corações, que Deus uniu tão estreitamente: o Coração augustíssimo do Filho de Deus e o de sua Bem-aventurada Mãe. Ao contrário, a exemplo dos membros da Congregação de Jesus e Maria, fundada pelo Padre João Eudes, devemos contemplar e honrar estes dois amáveis Corações como um mesmo Coração, em unidade de espírito, de sentimento e de afeição, como está manifestamente expresso na saudação que fazem todos os dias ao Divino Coração de Jesus e Maria, bem como na oração e em várias partes do Ofício e da Missa que celebram na festa do Sagrado Coração de Maria Virgem.


A íntima ligaçao entre a devoção ao Coração de Jesus e ao Coração de Maria

Por causa desta íntima ligação entre a devoção ao Sagrado Coração de Jesus e ao Imaculado Coração de Maria, o Papa Pio XII nos exorta:

A fim de que a devoção ao Coração augustíssimo de Jesus produza frutos mais copiosos na família cristã e mesmo em toda a humanidade, procurem os féis unir a ela estreitamente a devoção ao Coração Imaculado da Mãe de Deus. Foi vontade de Deus que, na obra da redenção humana, a santíssima virgem Maria estivesse inseparavelmente unida a Jesus Cristo; tanto que a nossa salvação é fruto da caridade de Jesus Cristo e dos seus padecimentos, aos quais foram intimamente associados o amor e as dores de sua Mãe. Por isso, convém que o povo cristão, que de Jesus Cristo, por intermédio de Maria, recebeu a vida divina, depois de prestar ao Sagrado Coração o devido culto, renda também ao amantíssimo Coração de sua Mãe celestial os correspondentes obséquios de piedade, de amor, de agradecimento e de reparação. Em harmonia com esse sapientíssimo e suavíssimo desígnio da divina Providência, nós mesmo, por ato solene, dedicamos e consagramos a santa Igreja e o mundo inteiro ao Coração Imaculado da Santíssima Virgem Maria4.

O movimento universal de consagração ao Sagrado Coração de Jesus tornou-se completo com o movimento de consagração ao Imaculado Coração de Maria, que cresceu surpreendetemente a partir do pedido feito por Nossa Senhora na Mensagem de Fátima. As aparições de Nossa Senhora em Fátima (1917), Portugal, foram precedidas pelas do Anjo da Paz (1916), ou Anjo de Portugal, que disse aos pastorezinhos: “Os Corações de Jesus e de Maria estão atentos à voz das vossas súplicas”5. Em outra aparição, o Anjo pediu aos pastorezinhos que oferecessem orações e sacrifícios em reparação pelas ofensas ao Sagrado Coração e pela conversão dos pecadores, e disse a eles: “os Corações Santíssimos de Jesus e Maria têm sobre vós desígnios de misericórdia”6. Estas mensagens angélicas, que manifestam a íntima união dos Sagrados Corações, se tornariam mais compreensíveis com as palavras da bem-aventurada Jacinta, que em seu leito de morte disse à irmã Lúcia: “Tu cá ficas para dizer que Deus quer estabelecer no mundo a devoção ao Imaculado Coração de Maria. O Coração de Jesus quer que, a seu lado, se venere o Coração de Maria”7.

Paralelos entre as devoções ao Coração de Jesus e ao Coração de Maria

Muitos outros paralelos entre as devoções ao Sagrado Coração de Jesus e ao Imaculado Coração de Maria nos mostram esta íntima ligação entre ambas: a devoção das nove primeiras sextas-feiras e os cinco primeiros sábados; o espírito de oração e de reparação que anima as duas devoções; a consagração da humanidade ao Sagrado Coração de Jesus feita pelo Papa Leão XIII e o pedido de consagração da Rússia ao Imaculado Coração feito por Nossa Senhora em Fátima; a promessa do triunfo final de Nossa Senhora em Fátima: “Por fim o meu Imaculado Coração triunfará”, e a promessa repetida várias vezes pelo Sagrado Coração de Jesus a Santa Margarida: “Eu reinarei”.

Este paralelo sobre o triunfo dos Sagrados Corações de Jesus e de Maria torna-se completo no pensamento de São Luís Maria Grignion de Monrfort, que considera o Reino de Cristo como consequência do Reino da Virgem: “Para que venha o Vosso Reino, ó Jesus, venha o Reino de Maria!”8 São Luís Maria acreditou, esperou e pediu por muitos anos a Deus que se realizasse o Reino de Jesus Cristo e da Virgem Maria nos corações dos fiéis. O Santo ainda profetizou: “mais cedo ou mais tarde a Santíssima Virgem terá um número nunca igualado de filhos, servos e escravos de amor, e que, por este meio, Jesus Cristo, meu Mestre muito amado, reinará nos corações como nunca”9. Como fez o Santo, e em atenção aos pedidos de Jesus e de Maria, rezemos e ofereçamos sacrifícios para que, por meio do Reino do Coração de Maria, “sobre as ruínas acumuladas pelo ódio e a violência, se estabeleça a civilização do amor, o Reino do Coração de Cristo”10.

Sagrado Coração de Jesus e Imaculado Coração de Maria, rogai por nós!


Links relacionados:

TODO DE MARIA. A devoção aos Corações de Jesus e de Maria.

TODO DE MARIA. As dores de Jesus e Maria e a reparação.

TODO DE MARIA. Jesus e Maria: duas colunas e dois corações.

Referências:

1 Cf. Jo 19, 25-27.

3 Idem, ibidem.

5 PADRE LUÍS KONDOR. Memórias da Irmã Lúcia, p. 78.

6 Idem, ibidem.

7 ASSOCIAÇÃO APOSTOLADO DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS. Op. cit.

8 SÃO LUÍS MARIA GRIGNION DE MONTFORT. Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem Maria. Anápolis: Fraternidade Arca de Maria, 2002, 217.

9 Idem, 113.

10 PAPA JOÃO PAULO II. Mensagem ao Prepósito Geral da Companhia de Jesus. 5 de Outubro de 1986.