OUTUBRO
Sede Apóstolo da Misericórdia de Deus
“Bom Samaritano é todo homem que pára junto ao sofrimento de outro homem qualquer, seja ele quem for. Esta parada não significa curiosidade, mas sim disponibilidade. É como abrir uma determinada disposição interior do coração, que tem também sua expressão emotiva. Bom Samaritano é todo homem sensível ao sofrimento alheio, o homem que “se comove” ante a desgraça do próximo. Se Cristo, conhecedor do interior do homem, sublinha esta comoção, isso demonstra sua importância para qualquer atitude nossa, diante do sofrimento alheio. Portanto, é necessário cultivar em si mesmo esta sensibilidade de coração, que testemunha a compaixão para com aquele que sofre. Às vezes esta compaixão é a única ou a principal manifestação do nosso amor e da nossa solidariedade pelo homem que sofre.” - João Paulo II, Carta Apostólica Salvifici Doloris, 11 de fevereiro de 1984
O sofrimento está sempre presente em nossa vida e na de nosso próximo. Diante do sofrimento alheio nos sentimos, na maioria das vezes, com as mãos atadas. Queremos ajudar, mas não sabemos o que fazer para aliviar a situação. Nestas horas, Nosso Senhor nos pede que ofereçamos nossa companhia e apoio à pessoa que sofre. Dizem que a alegria compartilhada é alegria dobrada e que o sofrimento compartilhado é reduzido à metade.
A enfermidade mais grave e mais dolorosa de que padece o homem é o pecado. Ao pecar não apenas ofendemos a Deus, ferimos os outros e prejudicamos a ordem da criação, mas também ferimos a nós mesmos. Diante desta constatação do que é o pecado e também diante do pecado de Adão e Eva, qual foi a resposta de Deus? A misericórdia.
Deus se faz homem para redimir o homem do seu pecado. Ele não rejeita o pecador, mas se aproxima dele e o abraça como nos mostra a parábola do Filho Pródigo. Jesus Cristo, manso e humilde de coração, Jesus Cristo, misericordioso. Este é o modelo do verdadeiro apóstolo. O verdadeiro apóstolo rejeita o pecado, mas ama o pecador.
Assim, ao constatar a degradação moral e a confusão doutrinal em que vivem milhares de pessoas, temos que nos aproximar delas com um coração misericordioso, e com nossa caridade mostrar-lhes o rosto bondoso de Deus, desejoso de perdoá-las até setenta vezes sete. O amor e a compreensão são elementos indispensáveis para uma verdadeira compreensão e esta é a tarefa mais grandiosa do apóstolo.
O que fazer com aqueles que não entendem nossa fé ou até nos rejeitam por causa dela? Amá-los. Como responder a insultos ou à indiferença|? Com amor. Só o amor misericordioso é capaz de transformar os corações e abri-los à verdade, por isso hoje, mais do que nunca, estamos chamados a ser apóstolos da misericórdia de Deus.
Procuro ser para os outros o rosto bondoso de Deus? Como são meus pensamentos e palavras: cheios de julgamentos ou cheios de misericórdia? Como reajo ante o sofrimento alheio: com compaixão ou com temor?
Propósito do mês:
Aproximar-me-ei, com muita bondade, de algum amigo que esteja afastado da fé, procurando oferecer-lhe o amor misericordioso de Deus.
Intenção:
Rezarei, com minha família, um mistério do Terço, pedindo a Deus que nos ensine a amar como Ele nos amou primeiro.
Para se aprofundar no tema consultar:
Carta Encíclica “Deus Caritas Est”, de Bento XVI, 25 de dezembro de 2005.
Carta Encíclica “Dives in Misericordia”, João Paulo II, 30 de novembro de 1980.