Semana Santa, é preciso viver e seguir
bem de perto os passos de Jesus.
Iniciando com
o Domingo de Ramos, a “Semana Santa” nos leva a participar do grande ato
de amor e misericórdia de Deus pela humanidade. Somos introduzidos no mistério
da Paixão, Morte e Ressurreição de Cristo, Paixão que nos liberta da
morte, que nos prova que, para Deus, somos como filhos e que, por seus filhos,
Deus se fez homem para viver, amar e morrer numa cruz. Deus provou em sua
própria carne nossas dores, sustentou em seus ombros o peso de nossas culpas,
derramou o seu precioso sangue por “amor”. Amor difícil de ser compreendido,
difícil de ser aceito, Amor que, muitas vezes, não é por nós amado,
reconhecido, valorizado.
"O camponês perguntou: Que
aconteceu, irmão, por que estás chorando? O Irmão respondeu: Meu irmão, o meu
Senhor está na Cruz e me perguntas por que choras? Quisera ser neste momento o
maior oceano da terra, para ter tudo isso de lágrimas. Quisera que se abrissem
ao mesmo tempo todas as comportas do mundo e se soltassem as cataratas e os
dilúvios para me emprestarem mais lágrimas. Mas ainda que juntemos todos os
rios e mares, não haverá lágrimas suficientes para chorar a dor e o amor de meu
Senhor crucificado. Quisera ter as asas invencíveis de uma águia para
atravessar as cordilheiras e gritar sobre as cidades: o Amor não é amado! O
Amor não é amado! Como é que os homens podem amar uns aos outros se não amam o
Amor?" (São
Francisco de Assis).
De rei a condenado.
O povo que o recebeu com ramos de oliveira o aclamando rei, também o condenou à
morte de cruz. A entrada triunfal de Jesus em Jerusalém inicia a sua caminhada
ao grande mistério salvífico da humanidade.
Neste tempo, onde
o amor e a grande misericórdia de Deus se derrama sobre nós, somos convidados a
“vigiar e orar” com Cristo. Somos convidados a caminhar com Ele, a
reviver seu sofrimento, a silenciar com a dor de Maria, buscando aperfeiçoar
nossos corações, nossas emoções, nossas vidas vivendo e sentindo o que Jesus
sentiu, ao menos um pouco...
No Domingo
de Ramos proclamamos com alegria a realeza divina de Jesus e a partir
daqui, Jesus começa a nos preparar para a Sua Paixão.
Jesus anuncia que será traído,
institui a Eucaristia celebrando a Páscoa Judia com seus discípulos. Ocasião
celebrada por nós na missa do lava pés, Missa da Ceia do Senhor, onde
Jesus apresentou Seu Corpo e Seu Sangue como alimento salutar, após um gesto
onde Ele, Deus, Rei e Senhor, lavou os pés de seus discípulos como exemplo de
serviço e de grande humildade “Eu não
vim para ser servido, mas para servir”.
Nesta ocasião, os Bispos celebram e consagram o Santo Crisma, os óleos
usados nos sacramentos são benzidos para serem usados durante o ano nos
batizados e unção dos enfermos.
Na Sexta-feira Santa vivemos
mais intensamente a Paixão de Cristo,
é o dia de sua morte na Cruz, de luto para Igreja, de luto para os nossos
corações. Guardamos silencio e jejuamos. Neste dia, a Igreja não celebra missa,
é feita a Celebração da Paixão do Senhor
com a adoração da Cruz.
Durante o Sábado Santo, dia de silêncio, sofremos a dor e a solidão da Virgem
Maria, sofremos nossa solidão com respeito e contemplação do tumulo que abriga
o Corpo Santo de Jesus.
Na Vigília Pascal, onde a
igreja vela e espera junto ao túmulo com confiança na promessa da Ressurreição de Cristo, que se dá na liturgia
da Luz, é o Sábado de Aleluia, com a
benção da água e do fogo, água do batismo, fogo do Círio Pascoal, presença da
luz de Cristo na Igreja, na humanidade.
Cristo venceu a morte. A Ressurreição de Jesus é a verdade culminante da nossa fé em Cristo e representa, com a Cruz, a parte essencial do Mistério Pascal.
Percorrer os caminhos de Jesus, viver Sua Paixão nos transforma e nos
faz ser autênticos cristãos para testemunhar e levar a todos a esperança da Ressurreição.
Que a Virgem Maria, Mãe do Salvador, nos conduza nesta Semana Santa e
nos leve a encontrar Jesus no irmão.
Feliz e Santa Páscoa da Ressurreição!
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